5.3.12

Devendra Banhart


As vezes eu busco uma forma impactante de se expressar, de comunicar-se consigo mesma. De conseguir enxergar a si própria. Às vezes, eu busco apenas uma brecha da fantasia para fazer dela o elemento mais potente de um mundo. Um mundo encantado pela fotografia, pela forma de se vestir, pelas palavras, pelo enrolar dos dedos. Pela música. Pelos livros e filmes. Uma forma de se tornar fantasma, e poder entrar e sair em qualquer pessoa e qualquer mundo pelo simples poder de desaguar, invadir. Invadir o que é surreal.

Há muito tempo eu gostaria de ter mudado esse blog, não somente por querer dar aos outros, talvez até mesmo desconhecidos, um pedaço do que está em mim, que nem mesmo meu é, mas porque estando assim como agora, sinto como se nada fosse puramente verdade. Uma parte tão pequena de algo tão tremendamente grande. Um ser humano. Um ser humano que cresce, se modifica. Une. Se expande. Não se limita somente às palavras e fotografias.

Para abrir os braços e pular sem saber em que altura se estava, deixo aqui um dos cantores que mais gosto nesse universo de sons. E que escutando-o, decidi por em prática o meu desejo hoje.
Uma voz única, a batida que ajuda sempre a lembrar do quanto é puro e louco viver. Folk. Psicodélico. Naturalista. Temas incomuns. Cores. Místico. Banhart. Devendra Banhart.




2 comentários:

  1. Porque hay un mundo más allá...
    També curto muito Devendra!

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  2. Você é a primeira pessoa que eu conheço que o conhece também! :))

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