29.9.10

Para pra ver...


Hoje pela manhã acordei mais cedo que de costume. Segundo o meu relatório semanal, era dia de prova de Psicologia do Ambiente para Arquitetura e Urbanismo. Quando cheguei na faculdade todos os alunos estavam brincando de deficientes físicos e visuais. Tinha algumas cadeiras de rodas, vendas, e outros aparelhos parecidos. Fiquei por mais de meia hora observando aquela cena ilustre – entre conversas bobas – pessoas fisicamente saudáveis brincando de deficientes, algumas pessoas deficientes mentais brincando de saudáveis.
Perguntei a Simara, uma das poucas pessoas sãs que parece ser anormal:
- Por que as pessoas são assim, tão chatas?
- Eu também me pergunto isso.
- Será que deveríamos ser assim também?
 Se continuarmos sendo como somos,
 eles vão acabar ‘massacrando’ a gente;
eu nem sei mais respondê-los.
- É melhor sermos assim como somos.
Se quisermos responder como eles,
podemos acabar sendo influenciadas e tornar-nos iguais.
 Melhor sermos assim,
não corremos o risco de magoar pessoas como a gente.
- É, deve ser!

Passei mais alguns segundos tentando responder a minha pergunta. Por que eles não tentam conversar e serem amigos, por que eles não riem de brincadeiras bobas, por que eles são tão insensíveis e competitivos? Por que os seres humanos, em maioria, são tão sérios?

Daí veio um pensamento em outra dimensão. Por que eu preciso saber disso? Por que eu simplesmente não continuo vivendo e trazendo para perto de mim apenas pessoas sãs – no que significa estar em si pra mim – de fato?
A aula acabou, roubei um café na sala onde se paga caro para estudar ali e peguei minha carona para casa.


Tive um bom dia hoje!

31.8.10

Oi?

Não, o blog não está de volta com fotos em laranja nem textos de desespero! O layout nem tá a minha cara ainda, mas quanto mais eu fico esperando pela inspiração perfeita para decorá-lo exatamente como quero, mais demoro, mais longe fica. Então vou voltar aqui e aos poucos reajustando os frufruzinhos!
A novidade é que hoje andei fazendo minhas continhas financeiras e percebi que se eu sair mais uma vezinha se quer ou gastar dinheiro com pastéis e coca-cola na faculdade, àdeus viagem à Argentina em novembro, porque ficar quinze dias em um aeroporto não dá né?
Certamente um ser de mente hiperativa e inquieta ligeiramente entra em loucura crônica se ficar dois meses a base de estudos, trabalho e spinning, então vou usar a internet como auto exílio, e tentar expressar aqui o que me vem passando. Nada de interessante, nem te ocupas, deixa que eu faço isso.

Vai ser difícil me encontrar por aí, mas vem cá, aqui tem!

9.7.10

Fim!

Não é tão fácil saber que estamos indo ao encontro do fim. Não quando ele, além de ter sido o 'desperdício' de uma parte da minha vida, foi também a razão da minha respiração latente, do meu coração palpitando as pressas, da vontade de viver por alguém. Entrar em um carro sabendo que estou indo à ele, quase doeu, quase apareceu uma ponta de esperança, quase que desisto. Mas aí não tinha mais alternativas. Era ir, dizer um adeus, desejar boas férias e saber que nunca mais seríamos como antes, que nunca mais olharíamos um para o outro com amor..
Agora reinicia aquela longa linha de novas conexões. Onde voltamos a 'adestrar' novos sentimentos e assim, entrar em ligação com novas pessoas, com novos objetivos. Onde carregando aquela bagagem de frustrações, tentamos construir um novo sentido e rumo. Agora essa é a única alternativa que tenho, já que pra começar esse novo caminho, preciso deixar alguns costumes pra trás. Então vai embora a 'ellen indecisa'. Eu escolho. Eu escolho colocar os pés no chão.

Agora não preciso mais fugir de mim mesma. Você já foi embora.

3.7.10

Crisálida.

O vulcão entrou em erupção. Vermelho. Laranja. Amarelo. Azul. Os passarinhos voavam abaixo dele, acasalavam e cantavam seus hinos. Não! Era o céu flamejante, pegando fogo. Falava a ela que o fim estava próximo? Já dizem os poetas que o céu faz festa quando sobe mais um. Dessa vez, merecia um grande banquete. Lá se ia mais um coração partido perdido.


Anoiteceu.

6.6.10

Controvérsias.

Um dia a gente (falando como se fossem todos, mas é exclusivamente a uma pessoa) percebe que tudo se vai.
Que aquele amigo da escola que a gente contava todos os segredos e que realmente o amava, desaparece. Não porque esqueceu de você mas porque tomou um rumo tão extraordinariamente contrário, que ao encontrarmos, acabamos por não reconhece-lo; se é aquele que sabia de toda nossa vida, se é aquele que podíamos chorar no ombro, ligar de madrugada.
Não, não é mais. Ele mudou, você mudou.
Outro dia a gente percebe que o seu primeiro namorado, aquele no qual fez de você uma mocinha, que queria casar e ter filhos, que cuidava de ti como se fosse a primeira e última pessoa do mundo, irá casar por esses dias e não eis convidada, porque já faz tanto tempo que você ficou na passado, que por mais que dentro dele ainda exista amor por ti, não eis mais alguém que faça parte da sua vida, porque agora ele tem uma família a construir, e amores passados podem atrapalhar o seu caminho.
Ele sabe que o passado atrapalha no presente.
Nesses dias, aquela sua tia que você tanto admirava, que era o seu ponto de inspiração, não significa mais tanto. Você acabou crescendo e ela foi se tornando chata. Não ligas mais no aniversário nem acha que em qualquer situação poderá contar com ela, por vez, você não é mais a sobrinha preferida.
Você cresceu, e a maioria de seus objetivos foram mudando, suas caracteristicas, sua personalidade.
Numa sexta-feira a tarde sua mãe sai pra fazer compras no supermercado. Você acaba por perceber que nada daquele negócio de escolher shampoo e condicionador, de roubar iogurtes de lojas e tomar chá com açúcar não lhe deixam mais tão feliz quanto antes. Preferes dormir ou esperar que ela venha ao menos com pão e queijo pra matar sua fome do último dia da semana.
Daí você para e pensa como as coisas mais simples vão perdendo a graça, o que é uma pena, mas seu corpo não consegue mais acompanhar.
Depois chega alguém, um alguém que foi o único ser humano capaz de te fazer sentir amor de homem e mulher, amor que não se restringiu apenas pela pessoa que ele é, mas pela pessoa que você quer que ele seja pra você, e te obriga a parar. Alguém mais consciente e maduro que te manda seguir um norte contrário ao dele. Então você tem que pegar todo amor que sentia e guardar numa caixa escura com a tampa que mais parece um tabuleiro de xadrez.
Percebe que, às vezes, o amor não é o bastante para solucionar todos os problemas do mundo.
E ele diz: "Se nós tivéssemos nos encontrado em outros tempos, seria perfeito" ( porque isso tem que acontecer com tantas mulheres? )
Então você para e pensa:
"Se nós tivéssemos nos encontrado daqui a cinco anos, nós nunca teríamos ficado juntos, nós nunca teríamos sido amigos, nós nunca teríamos nos amado".
Porque as coisas estão acontecendo agora e as pessoas mudam.
Se eu pudesse, minha tia ainda seria a melhor, meu primeiro namorado ainda me ligaria todos os dias, minha melhor amiga do terceiro ano ainda respondia meus e-mails, eu ainda iria toda sexta fazer compras com minha mãe como se fosse a melhor coisa do mundo. Mas as coisas mudam, nós mudamos, nós não temos controle sobre isso.
Então porque temos que desperdiçar tanto tempo e tantas pessoas quando ainda a temos? Quando escutamos aquela velha frase clichê 'Viva como se fosse o último minuto', não significa que você pode morrer engasgado quando for chupar chiclete daqui a quatro horas, mas que assim que você se despedir de você mesmo hoje a noite, quando for dormir, talvez amanhã acordes diferente, seus amigos acordem diferentes e aquele dia, que foi embora como um dia qualquer, tenha sido o último que você foi tão amada, que você amou tanto. As pessoas mudam numa dimensão tão grande que ninguém mais pode se ater a um relacionamento( em todos os sentidos) como se fosse para sempre. Deves viver profundamente o que está acontecendo agora, porque amanhã? Ah, amanhã é amanhã, e quem garantes que estaremos aqui ainda, com amor, com vontade? Então deves ir em busca até o fim, até mudar junto, até não dar mais, porque um dia qualquer, realmente não dará mais, e não porque tu queres nem porque eu quero, nem porque alguém há de querer, mas porque um dia, um dia, um dia... nós mudaremos e nada mais será igual.
Enfim,
Nada.

1.6.10

Primeiro dia.

Nossa, já é junho e ai a gente vê o quanto o tempo passa rápido. Li hoje o blog Calmila e descreve exatamente o que pensei sobre hoje. Vale a pena conferir. Então, algumas bolinhas verdes pra fazer desse mês algo bem especial.














Beijos Beijos, alguns Blues e outras bolinhas!