31.3.11

Desarme

Você já imaginou se a cada sorriso verdadeiro que você recebesse, fosse como ganhar um cristal? E a cada sorriso que você desse, fosse como assoprar um cristal? Quantas e quais pessoas seriam ricas no mundo?
Se sua renda familiar fosse avaliada em quanto amor você recebe e quanto amor você dá. Se seu relacionamento amoroso fosse classificado como bom ou ruim pela quantidade de compreensão, de admiração, de carinho; e não por quantas vezes você faz sexo por semana.
Se sua melhor amiga fosse fiel pela ausência de ausências e não por ter tornado-se a nova DJ do momento e te dar senhas para a entrada do show;
Se as coisas valiosas, interessantes, incessantes fossem aquelas que estão adormecidas ou bem acordadas dentro de você, e não na etiqueta do seu bikine de marca brasileira ou na quantidade de colegas impotentes que você possui no orkut?

 Ultimamente, na faculdade, nos amigos dos amigos, nos familiares distantes, nos corações em chamas pelas frustrações da vida, eu finalmente ando percebendo o quanto há pobreza, miséria e ilusão.
O quanto as pessoas esquecem que, quando a moradia do seu corpo for cerca de 2m² inundado de seres irracionais tentando comer cada centrímetro do seu corpo avaliado numa fortuna de esteriótipos terrestres nada mais vale a pena a não ser aquelas lágrimas que caem sobre o teu rosto frio e branco, cobertas de amor.
Então, preserve amor, lave bem seu jeans da paciência e carinho.
As pessoas estão famintas, mas não sabem o que é comida. Estão com sede, mas esqueceram o que é água. E generalizo. Generalizo bastante. Falo também de mim,
Que ando perdida, fascinada por uma solução simples aparentemente inalcansável, tomando sorvete pra passar a sede, comendo algodão doce para passar fome.
Mas ainda há solução. 
Porque como diz minha amiga FeAraze, Tudo Flui..


Pobre de fotos, eu sei. Um dia, quem sabe...