11.3.12

72 horas




Me enchi de edredons e travesseiros, de fast foods, pasteis e pipos, me enchi de filmes e músicas enquanto o céu se enchia de nuvens pesadas e o chão de água. Minha cama está cheia de vestígios de chocolate, meu chão com algumas dezenas de fios de cabelos, e o barulho do vento do meu ventilador continua suave. E mesmo com todo o efeito dos anti-concepcionais, eu me olho como se fosse a gorda mais gostosa que poderia existir no mundo. Eu estou me arrastando por todos os cômodos da minha casa há exatamente três dias com uma satisfação... assim como a que tenho de respirar. 

Talvez isso seja uma síndrome de loucura crônica, onde daqui há alguns meses eu vá me esconder debaixo do lençol branco e achar que estou no Nepal. Mas percebi nessas férias que o que me faz querer viver mais e achar a vida excitante é o desconhecido, o novo, o descobrir, os novos caminhos. Levando em consideração o semestre passado, eu estou fazendo apenas uma das coisas que mais amo: descobrindo o que tem, além de dentro da minha própria casa, dentro de mim mesma. 

O fazer o óbvio e o natural pode ser o mais divertido possível quando se faz com um propósito vislumbrante.

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