14.5.12

Ecstasy

Porque eu ainda amo. Com meu corpo sujo, com meus olhos cansados, com meu coração partido. E eu ainda amo. Como se amar fosse bom o bastante para querer, e querer. E se contaminar, e se melar. Se melar de amor. Ser inocente apenas por ser impura. Por ser devastada pela vontade de se dar, de se jogar. No mundo. Num moinho. Não ser mulher o bastante para poder ser criança também. Lolita. Insegura, indecente. Pequena. E no chão que teus pés pisam, eu saio dançando assim, acima de tudo. Porque não tenho mais os pés no chão, e só um coração. Que flutua. Deixa eu deitar, aqui na terra, e deixa ela entrar. Entrar com a música, com o vento, com o sol, em mim, em você. No nosso corpo. No nosso amor. E dançar, e dançar. Ecstasy. E só dançar.





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