Debaixo da terra há um ninho de pássaros, duas sementes vermelhas e um punhado de galhos. Abaixo de mim há uma terra úmida, molhada pelo orvalho daquelas manhãs de verão, alguns anelídeos fazendo cócegas nos meus pés. Eu os posso sentir com tanta precisão.
Dentro de mim há um vazio imenso, que se preenche de mim mesma todas as vezes que eu inspiro o oxigênio do mundo, daquelas árvores, daquelas águas, daquele Planeta. Azul. Verde. De mim. Branco.
Você pode sentir? O sangue correndo apressadamente dentro de suas veias e artérias, o seu coração pulsando 150 batimentos por minuto, a sua alma em curto circuito com o seu corpo, a vibração, a energia, o êxtase. E você consegue finalmente sentir-se parte do mundo, como uma folha é essencial a uma árvore, como uma gota é essencial a uma folha, como você é essencial, como você pertence ao mundo e ele a você.
E fielmente ver a precisão da paz.
“o corpo não é senão aquilo que sobra da vida de uma alma”
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